Quem vê o Ronald Stresser na militância diária pelas causas populares e filiado do PT, jamais imaginaria que ele é filho de um jornalista, advogado e empresário, que foi pioneiro na implantação das TV no Paraná. O pai, Ronald Sanson Stresser, foi o dono da TV Tupi no Paraná, antigo Canal 6 (hoje CNT) e do jornal “Diário do Paraná”.
Roqueiro raiz, fã das bandas clássicas das décadas de 1970 e 1980, Ronald, o filho, é despojado, inclusive na aparência. Cabeludo e barbudo, usa roupas simples e tem nas conversas o mesmo palavreado dos trabalhadores que militam nos sindicados e na política: trata todos com quem dialoga de “companheiro”.
A irmã, a atriz Guta Stresser, é bem diferente. Elegante, cheia de estilo e cuidados com o visual, tal como o Ronald, é uma intelectual. Só que com um vocabulário mais, digamos, aprimorado, e circulando em outros públicos, que não a periferia, os trabalhadores e os problemas sociais.
Assim como a conversa com o Ronald flui de maneira espontânea, seus paradoxos também vão aparecendo. Ele tem como ídolos na política, o “grande” presidente Lula, o “combativo” Requião e... o “criativo” Jaime Lerner. - Muita gente do meu grupo de convívio e de militância política não gostam das minhas opiniões - revela. - Mas eu sou eu sem me importar com o contraditório.
E segue dizendo que para Curitiba voltar a se desenvolver, o prefeito ideal que a população deve escolher no ano que vem é o deputado Luciano Ducci. - Só ele pode pôr a cidade nos trilhos.
Coxa branco fanático, questiona os demais torcedores sobre qual é o hino do time: - Aquele do Cori, Cori, Coritiba? Ou você De Norte a Sul está brilhando o Coxa Branca, ou o “thunderstruck” do ACDC, que acende o “green hell” em todos os jogos no Couto Pereira?
Apesar de gostar de sol, este petista faz oito anos que não vê o mar. “Não tenho tempo”. Mas em Curitiba é um frequentador contumaz de bares nos finais da tarde. “O mundo não é só trabalho, companheiro”. Ele é gosta muito de crianças com necessidades especiais. Herdou essa paixão da avó Mercedes Stresser, que foi a primeira mulher da chamada “alta sociedade” a se dedicar à proteção dos pequenos com síndrome de Down.
Apesar de não ter animais de estimação porque mora em apartamento, ainda chora quando lembra do Bidu, um cachorrinho que adotou na Prefeitura, e que morreu há seis anos.
Ronald Stresser um ser humano de primeira. Um trabalhador e líder como poucos. Requianista de carteirinha. Quer brigar com o roqueiro Stresser? É só falar mal do Requião.
Agora, põe seu nome à disposição dos curitibanos. É pré-candidato a vereador. “Tenho muito o que fazer por Curitiba”.
Texto: Valdir Cruz