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Flávio Dino manda que PF investigue discursos de Eduardo Bolsonaro em evento de CACs


Parlamentar comparou professores doutrinadores a traficantes de drogas

Em evento armamentista e defesa dos CACs em Brasília, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fez um discurso onde comparou 'professores doutrinadores' a traficantes de drogas em evento em Brasília. Não gostando disso, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que deveria estar cuidando das fronteiras para armas não entrarem de maneira ilegal no país, afirmou hoje que determinou que a PF (Polícia Federal) apure os discursos do parlamentar. 

"Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos", escreveu Dino nas redes sociais.

Eduardo teria sido polêmico na sua comparação que "professores doutrinadores" são piores que traficantes de drogas."Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior", disse no discurso. 

O opositor de Eduardo Bolsonaro no seu Estado, o esquerdista deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que vai entrar com uma representação contra Eduardo no Conselho de Ética da Câmara. "Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune", escreveu.

Discurso aconteceu em ato do grupo "Pró Armas", que defende a flexibilização do porte e da posse de armas para cidadãos comuns, na Esplanada dos Ministérios, próximo à sede do Congresso Nacional. 

Lula após tomar posse em janeiro, revogou uma série de decretos do antecessor, Jair Bolsonaro (PL), que facilitavam acesso a armas.CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) buscam hoje um entendimento com o governo para reverter as mudanças.

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