O presidente alega que foi chamado de genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal durante comício no Complexo do Alemão e em propaganda eleitoral
O presidente Jair Bolsonaro protocolou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) no início da noite desta sexta-feira, 25, uma ação criminal contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, por supostos crimes contra honra.
O ofício com timbre do Ministério da Justiça foi encaminhado à ministra do STF, Rosa Weber, presidente do colegiado, pedindo que a corte indique o foro competente para o processo e julgamento, bem como a instauração de inquérito policial. O pedido é assinado pelo delegado da Polícia Federal Márcio Nunes de Oliveira.
A petição se justifica pelas “falas ofensivas à honra do representante e imputação de fatos definidos como crime, solicitando que seja feita apreciação do foro competente para processo e julgamento, bem como para eventual autorização de instauração de inquérito policial.”
Bolsonaro informa na petição que foi chamado de genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal durante comício no Complexo do Alemão e em propaganda eleitoral. O presidente reclama também de ter sido atribuído a ele a responsabilidade pelo assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.
“A representada também teria imputado ao representante a prática de fatos definidos como crime, além de ter difamado e injuriado Jair Bolsonaro em diversas oportunidades. Assim gindo, os representados teriam, conforme a representação, praticado os crimes previstos nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal”
O ministro do STF Nunes Marques é o relator da ação.
Até o momento, o STF e o PT ainda não se manifestaram a respeito.