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Com influência do El Niño, Simepar prevê verão com forte calor e chuvas

Foto: Roberto Dziura Jr/AEN 

Os maiores valores das temperaturas mínimas e máximas tradicionalmente ocorrem nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral nesta época. Quanto ao regime de chuvas, a tendência é de aproximação progressiva no Norte e Noroeste. Nas demais regiões, deve oscilar entre o padrão de normalidade para a estação e ligeiramente acima das médias.

A estação mais quente do ano – que inicia à 0h27 do dia 22 de dezembro e termina à 0h26 de 20 de março de 2024 – terá um El Niño ativo e com forte intensidade na bacia do Oceano Pacífico Equatorial, o que deve trazer condições propícias a chuvas volumosas e persistentes, ventanias e ondas de calor. O prognóstico é do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

O verão normalmente apresenta os maiores volumes acumulados de chuva entre as demais estações no Paraná. Também se caracteriza por dias mais longos e aquecidos, além de períodos eventuais de muito calor. A temperatura do ar torna-se mais elevada em relação aos valores médios anuais. Os maiores valores das temperaturas mínimas e máximas tradicionalmente ocorrem nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral nesta época.

Quanto ao regime de chuvas, a tendência é de aproximação progressiva das médias climatológicas no Norte e Noroeste. Nas demais regiões, deve oscilar entre o padrão de normalidade para a estação e ligeiramente acima das médias climatológicas.

Normalmente, a instabilidade é potencializada por uma atmosfera mais aquecida, com taxas de umidade e calor mais elevadas. Por conta disso, ocorrem vários dias consecutivos com chuvas, especialmente à tarde e/ou à noite. Em alguns casos, os eventos podem ser fortes e volumosos. Outra característica é a curta duração, podendo ocasionar muitos raios, rajadas de ventos fortes, granizo e danos à sociedade.

Nessa época do ano, os sistemas frontais (frentes frias) são menos frequentes, principalmente aqueles cujo eixo mais instável avança posicionado pela área continental ou sobre a região do Estado. É comum as frentes projetarem seu eixo mais instável em direção ao interior do Oceano Atlântico, na altura do sul do país, reforçando e organizando, em alguns casos, a instabilidade atmosférica no Paraná.

“O aumento da temperatura da superfície do mar no Pacífico Central e Centro-Leste acima de 1,5 ºC gera condições propícias a chuvas volumosas e persistentes, ventanias e ondas de calor neste verão”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. “Assim como observado na primavera, é provável que na próxima estação ocorram ondas de calor. Quando intenso e persistente, o calor poderá provocar desconforto térmico”.

PREVISÃO DIÁRIA – O monitoramento sistemático das condições meteorológicas e a emissão de avisos de curto prazo são essenciais para as ações de prevenção e mitigação dos efeitos do verão na sociedade. Nas redes sociais do Simepar, está disponível a previsão do tempo diária no podcast Simepar Informa.

Em www.simepar.br pode ser acessada a previsão para até 15 dias por município, com indicadores das condições do tempo, temperaturas do ar mínimas e máximas, probabilidade e volume de chuvas, intensidade e direção dos ventos, sensação térmica, umidade relativa, visibilidade e pressão reduzida, além dos dados sobre o nascer e o pôr do sol e da lua.

“Os períodos chuvosos aumentam os riscos de desastres naturais como inundações, enxurradas e eventual escorregamento de massa”, complementa o meteorologista do Simepar. “A ocorrência de pancadas de chuva intensas, porém rápidas e localizadas, com incidência de muitas descargas atmosféricas, rajadas de vento e queda de granizo, faz parte da climatologia do verão no Paraná”.

Os avisos sobre a iminência de eventos severos são emitidos pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e são enviados a interessados por celular. O cadastramento pode ser feito em www.defesacivil.pr.gov.br, na aba Cidadão.

AGROMETEOROLOGIA – Segundo o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná), a agricultura extensiva – como as culturas da soja e do milho – será beneficiada pelo clima neste verão, com bom desenvolvimento das plantas e alta produtividade. Será o caso das culturas perenes como café, cana-de-açúcar e frutíferas, entre outras.

As condições meteorológicas também devem favorecer o manejo do gado em pastagens. Rios, represas, riachos e açudes devem manter um bom volume de água, suprindo as necessidades de irrigação em pivôs centrais. 

Há, no entanto, alguns alertas. A agrometeorologia recomenda cuidado intensivo no cultivo das hortaliças. A combinação de temperaturas excessivamente altas, chuvas volumosas, umidade do ar elevada e baixa luminosidade também poderá facilitar a incidência de doenças como a ferrugem e a antracnose da soja, bem como dificultar a aplicação de defensivos agrícolas, comprometendo o rendimento dessas lavouras. 

O IDR-Paraná também aponta que o atraso na implantação das safras de soja e milho no Sul do Estado devido às chuvas excessivas da primavera pode retardar a semeadura do milho safrinha em 2024.

COMENTÁRIO DO JACU:

Já tá um inferno de calor em vários cantos do Estado, imagina se isso piorar. Quem tem grana pra fugir pra praia, tudo bem. Quem não tem, fica mesmo no Alagado de “Beuatiful River” e nos açude perto. 

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