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Na ONU, Lula defende por “um governante global” e pedágio para países ricos

O presidente Lula (PT), disse na ONU na manhã desta terça-feira, 22, que a organização deveria defender uma “governança global” para forçar a países signatários a cumprir decisões de preservação do meio ambiente. 

A declaração foi dada durante sua live semanal que tem pouca visibilidade, mas dá a entender que ele deseja liderar essa governança mundial. 

De acordo com Lula, decisões que foram tomadas em reuniões anteriores nas cúpulas do clima, como Kyoto e Paris, não foram aplicadas pelos países por falta de regulamentações nas próprias nações. Para o petista, a ONU precisa ter a atribuição de fazer as decisões serem cumpridas. 

“Se a ONU não tiver um poder de governança, a gente não resolve a questão climática. Então, a gente precisa ter uma governança mundial que, em determinadas circunstâncias e casos, decida e a gente seja obrigado a cumprir. Por exemplo, o Acordo de Paris, o Protocolo de Kyoto, ninguém cumpre. Então, vamos estabelecer regras para que sejam verdadeiras as nossas reuniões”, explicou o mandatário de esquerda. 

Lula já pediu por uma governança globa em fevereiro deste ano, durante um encontro como presidente americano Joe Biden, em Washington.                  

Na época, ele falou em criar um movimento para obrigar que os demais países, o Congresso e empresários cumpram as decisões de organismos globais relacionadas ao combate à mudança climática. Isso para Lula seria uma espécie de “pedágio” dos países ricos que se industrializaram durante a revolução industrial no século XIX e XX.                   

“Os países industrializados há 200 anos, que já ganharam muito dinheiro, e que foram responsáveis pela derrubada de quase todas as florestas que existiam. Eles terão que pagar um pouco do passado, isso é razoável”, disparou ressaltando que a preservação ambiental precisa estar aliada ao desenvolvimento das comunidades que vivem das florestas. 

"Faça o que digo, não faça o que faço"

Por outro lado, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconheceu as dificuldades do governo brasileiro para controlar e reduzir a devastação do Cerrado. Segundo a ministra, o desmatamento ‘já destrambelhou’ e afirmou que não ‘maquiará os dados por pior que eles sejam’. 

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