O laranjeirense Alisson Falcão Czapiewski Soares, filho de Jair Soares e de Carmem Lucia Czapiewski tem uma grande história de superação após ter que abandonar o futebol profissional em 2016 por conta de uma lesão. Agora ele terá um novo desafio traçado em sua vida: o da advocacia.
Antes da lesão, ele retornou à Madrid (Espanha) e por três anos atuando pelo time do Rayo Vallecano, onde jogou partidas importantes, entre elas na Copa do Rei. Também jogou amistoso contra a seleção do Japão. Alisson também jogou no principal time da Croácia, o HNK Hajduk Split, considerado o que tem a maior torcida daquele país.
No texto abaixo em sua íntegra, Alisson conta como foi sua superação e a escolha pelos estudos acadêmicos:
“A segunda foto, é o registro de minha última partida como atleta profissional de futebol, pelo @hnkhajduk da Croácia, em 2016.
Sem sombra de dúvidas, um dos momentos mais difíceis da minha vida, foi quando decidi deixar a carreira no futebol profissional aos 21 anos, após uma sequência de graves lesões.
Fui inicialmente incompreendido pelos meus amigos e familiares. Mas, uma convicção cristalina no meu espírito me dizia que era possível ressignificar a vida, e que o futebol não era a minha única aptidão.
Tive que voltar a estudar, pois havia deixado os estudos aos 16 anos, em razão da impossibilidade de concilia-los com a vida de atleta.
Voltei ao ensino médio na educação de jovens adultos, cumprindo uma carga horária integral para concluir os estudos colegiais o mais rápido possível; os concluí. Prestei vestibular e fiquei na 4ª colocação do curso de filosofia na UFPR e na 2ª colocação do curso de direito da FESP-PR. Optei pela segunda opção e obtive bolsa integral do curso pela pontuação aferida no Exame Nacional do Ensino Médio.
Apaixonei-me pela vida acadêmica. Formei diversos grupos de estudos, publiquei artigos e representei minha instituição em eventos acadêmicos no Brasil e no exterior. Conclui a graduação e logo em seguida ingressei em mais dois cursos simultâneos de pós-graduação.
E ontem, mais uma etapa desse infindo processo foi alcançada: ADVOGADO.
Foi inevitável não olhar pra trás e recorrer a minha trajetória até ali. E nesse olhar reflexivo cheguei a algumas rápidas conclusões:
É muito importante ouvir bons conselhos, consultar nossos amigos e pessoas que amamos. Mas isso nunca suprimirá a verdade de que nós somos os únicos responsáveis pelas nossas decisões, e os únicos a administrar os resultados dessas.
Sempre haverá tempo de convergir para uma nova direção (para os que tem coragem, é claro).
Os estudos nos emancipam.
A fé não nos decepciona.
Obrigado a todos que fizeram/fazem parte dessa história.
A Deus seja a glória.”
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