Conta o blog do jornalista político Fernando Tupan que apesar do serviço de internet apresentar problemas no início da sessão extraordinária para discutir em segundo turno a cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT), acusado de comandar a invasão da Igreja do Rosário, no dia cinco de fevereiro, mais uma vez o petista não compareceu, assim como o representante legal, o advogado Guilherme Gonçalves.
A alta cúpula do PT estava presente, entre eles, os ex-deputados federais Angelo Vanhoni (presidente do diretório municipal) e Dr. Rosinha (ex-presidente estadual) que foram vereadores nos anos 90 na Câmara Municipal de Curitiba.
O primeiro vice-presidente Alexandre Leprevost começou discutindo o projeto de resolução de cassação do mandato e falou que os argumentos dos vereadores Professora Josete (PT), Carol Dartora (PT), Dalton Borba (PDT) e Maria Letícia (PV) de um julgamento racista, não era verdade e insinuou que eles estariam cometendo crime por falsa denúncia.
Carol Dartora novamente subiu na tribuna para apoiar Renato Freitas e reafirmou estar ocorrendo uma disputa de narrativa com relação ao racismo para cima do companheiro, mas ela negra, nunca acusou um vereador sequer de praticar racismo para cima dela, o que derruba o argumento, para quem acompanhou o discurso dela ficou com uma dúvida, seria ela racista, já que ela bateu na tecla da divisão entre brancos e pretos, não, é ela casada com um descendente de alemão, do sudoeste do Paraná, mas ela insiste no conflito o assunto como bandeira política para o eleitorado.
A petista tem um discurso de esquerda claro e excelente, mas ela reclama do fato do centro e da direita atacarem a esqueda, assim como o Partido dos Trabalhadores faz com o presidente Jair Bolsonaro (PL), Carol Dartora parece ignorar que esse é o jogo pelo poder, atacar o adversário, isso acontece em todos os países, dos Estados Unidos a Alemanha; do Chile a Angola; da Groelândia a África do Sul, o discurso dela não admite os ideais de esquerda serem confrontados, como a causa LGBT, negros e etc, estimula o confronto e o ódeio entre os polos opostos, chegou a falar da cloroquina e das tentativas de fazer calar o vereador Eder Borges, defensor do uso do remédio, e não satisfeita fez uma acusação séria, a cassação de Renato Freitas seria um golpe na democracia e o movimento negro perderia o representante, agora ela é a única do segmento, devendo fortalecer a liderança no grupo.
Professora Josete (PT) também discutiu o projeto, leu uma carta da Igreja para tentar sensibilizar os demais vereadores, mas não deu certo, foi aprovado por 25 a 5, os vereadores Dalton Borba, em licença médica, e Maria Letícia não participaram.
Veja o painel de votação que confirmou a cassação:
https://blogdotupan.com.br/2022/06/22/camara-de-curitiba-confirma-cassacao-de-renato-freitas/