Pelo grosso do rabo - A prefeita de Ipuaçu, Clori Peroza (PT), foi presa preventivamente na manhã desta quarta-feira (19) em uma operação conjunta do GAECO (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) e do GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) do Ministério Público. A ação, denominada Operação Fundraising, está em sua segunda fase e também resultou na prisão de outros dois prefeitos da região.
A Operação Fundraising investiga uma série de crimes, incluindo organização criminosa, desvio de recursos públicos, corrupção, peculato e fraudes em licitações. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, a operação visa desmantelar uma organização criminosa liderada por um grupo empresarial, que recrutava agentes públicos para cometer crimes contra a administração pública.
Na operação, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão em 23 cidades de Santa Catarina, uma do Rio Grande do Sul e Brasília. Ao todo, 22 prefeituras estão sob investigação.
As investigações revelaram que o grupo empresarial fraudava licitações e desviava verbas públicas com a ajuda de servidores e agentes políticos. Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria para a captação de recursos públicos, o grupo firmava contratos com prefeituras sem comprovação de atividade real, visando obter ganhos ilícitos por meio de vantagens indevidas.
Além de Clori Peroza, prefeita de Ipuaçu, foram presos os prefeitos de Ipira, Marcelo Baldissera (PL), e de Pinhalzinho, Mario Afonso Woitexem (PSDB), ambos também no Oeste Catarinense. As prefeituras de Ipuaçu, Ipira e Pinhalzinho divulgaram comunicados informando que se pronunciarão oficialmente após terem acesso completo aos processos e detalhes da investigação.