Um empregado da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, que denunciou um caso de agressão contra uma jovem com síndrome de down, foi dispensado pela organização.
O indivíduo, cujo nome não foi revelado, comunicou o incidente diretamente à família da vítima, que em seguida registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil (PCPR). A investigação sobre a agressão foi finalizada em 5 de junho, resultando no indiciamento da professora Cleonice Aparecida Alessi Glinski por maus-tratos e violência arbitrária.
Segundo o delegado Rafael Rybandt, o funcionário demitido colaborou com a polícia durante as investigações e não estava sendo investigado. Ele afirmou ter denunciado o caso diretamente aos pais por medo de represálias na instituição.
O funcionário demitido, que trabalhou na Apae por 28 anos, está abalado com a demissão, que ocorreu na segunda-feira (10), de acordo com familiares. Ele optou por não conceder entrevista.
Em comunicado, a defesa da Apae não esclareceu o motivo da demissão, afirmando que a reestruturação do quadro de funcionários é uma "prerrogativa administrativa da equipe diretiva, que não se manifestará publicamente sobre o assunto".
A defesa da Apae também informou que demitiu outro funcionário, que foi indiciado pela polícia junto com a professora investigada. Ele foi indiciado por corrupção passiva privilegiada, pois tinha conhecimento do caso e não o denunciou. O nome do suspeito não foi oficialmente divulgado.
O indiciamento de Cleonice e do funcionário indiciado foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pode decidir se apresenta ou não uma denúncia contra eles à Justiça.
COMENTÁRIO DO JACU:
O funcionário denuncia e acaba se dando mal... Só no Brasil que o poste mija no cachorro, em todos os âmbitos. A injustiça come solta em todos os níveis!!!