O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode suspender preventivamente até em dez mandos de jogos o Coritiba e o Cruzeiro, após a briga generalizada que aconteceu no último sábado, 11, no Estádio Durival de Britto e Silva (Vila Capanema), qual pertence ao Paraná Clube.
Após a invasão do gramado por parte da torcida Máfia Azul do Cruzeiro aos 45 minutos do segundo tempo, a torcida organizada Império Alviverde do Coxa e outros torcedores também invadiu o campo a fim de tentar afastar os cruzeirenses, o que virou em uma batalha campal.
A partida ficou paralisada por 38 minutos e só retomou após o pelotão de choque da Polícia Militar agir com bombas de efeito moral e tiros com balas de borracha.
A decisão do STJD não será a primeira neste brasileirão. O Vasco foi punido por uma confusão após derrota para o Goiás em São Januário, onde descambou para uma briga generaliza dentro e fora do estádio. O time cruzmaltino ganhou 30 dias de ‘gancho’ sem poder realizar jogos em seus domínios.
O Santos também passou por punição semelhante recentemente após o clássico diante o Corinthians, onde torcedores tentaram atingir o goleiro Cássio com bombas, encerrando o jogo antes do tempo regulamentar por falta de segurança.
O que pode acontecer
Pesa ainda contra o Coritiba o fato de ser ‘reincidente’, por conta do quebra-quebra após o rebaixamento em 2009. Neste caso, o gancho será compartilhado com o Cruzeiro, já que foram os organizados do clube mineiro que começaram a confusão após o gol de Robson.
A suspensão preventiva aplicada a Vasco e Santos pelo STJD foi semelhante – realização de jogos com portões fechados e proibição da presença da torcida em jogos como visitante. O Coxa deve encarar Botafogo e Corinthians com o Couto Pereira fechado. E seus torcedores não poderão estar no Maracanã na partida com o Fluminense e no Nabi Abi Chedid na partida contra o Red Bull Bragantino. Normalmente casos como o da briga generalizada na Vila Capanema são julgados duas semanas depois do acontecido.
O time do Alto da Glória, que está a perigo de ser rebaixado mais uma vez, deverá ser acusado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
As acusações e trata de “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir” desordens, invasões e lançamento de objetos no gramado. A pena é de perda de mando de campo de um a dez jogos e multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
O único atenuante é “a comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou lançamento de objetos, com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento”.
Assista parte da confusão: