O peronista Sergio Massa e candidato de direita Javier Milei se enfrentam no segundo turno neste domingo, 19
Os argentinos neste momento estão indo às urnas para eleger quem vai comandar a nação pelos próximos quatro anos, escolhendo entre o peronista/kichnerista Sergio Massa, atual ministro da Economia e o candidato liberal de direita Javier Milei, do partido Liberdade Avança, pelo segundo turno (batolaje).
No primeiro turno, Massa, o candidato governista, conseguiu se recuperar ficando em primeiro lugar com 36,68% dos votos. Javier Gerardo Milei, candidato ultraliberal, amealhou 29,98% dos votos, e disputará o segundo turno com Massa. Em terceiro lugar ficou a conservadora Patricia Bullrich, com 23,83% do total.
Nas prévias em agosto, a coligação de Massa, Unión por la Patria, havia tido 27,27% dos votos nas primárias e ficou em terceiro lugar. Milei ficou em primeiro lugar, com 30,04%, e o Juntos por el Cambio, de Patricia Bullrich, veio em segundo, com 28,27%
Os eleitores argentinos terão, ao todo, 10 horas para se dirigirem às suas seções correspondentes e votarem em seu candidato à Presidência — isto é, das 8h às 18h. Segundo as autoridades eleitorais argentinas, aqueles que estiverem dentro dos locais antes do horário de encerramento poderão permanecer por mais alguns minutos até chegar a sua vez de votar.
A ex-candidata a presidência, Patricia Bullrich, ligada ao ex-presidente Maurício Macri, ficou em terceiro lugar no primeiro turno realizado em 22 de outubro. Três dias depois, declarou seu apoio a Javier Milei, com o apoio do seu mentor político em seguida.
A disputa, na qual ambos os candidatos à Casa Rosada experimentam um alto índice de rejeição entre os eleitores, pode ser definida ente os indecisos, num percentual que oscila entre 5% e 18%, segundo pesquisas recentes — chegando, em alguns casos isolados, a superar 30%. Ainda segundo os levantamentos, cerca de 40% dos eleitores não se identificam com nenhum dos dois candidatos.
Desde outubro, após a crise de desabastecimento de gasolina, Milei subiu e Massa, naturalmente, perdeu fôlego. Em muitas consultas, o candidato da direita liberal aparece na frente, mas com uma vantagem que não supera quatro ou cinco pontos percentuais.
Massa é atual ministro da Fazenda do governo de Alberto Fernandez, responsável pela inflação que chega atualmente a 143% e a pobreza a 40%. Do outro, o liberal Milei, que se apresenta como um "outsider", propõe a dolarização da economia e "dinamitar" o Banco Central para eliminar a inflação crônica do país.