O vereador Eder Borges (PP), liderança de direita na Câmara de Curitiba, na semana passada propôs por meio de sugestão (205.00230.2023), que o restaurante do Programa Mesa Solidária, localizado na rua Barão do Cerro Azul, ao lado da praça Tiradentes, seja transferido para outro ponto da capital paranaense.
Após duas horas de discussões entre os vereadores, a proposta foi aprovada por seis votos contrários e 17 favoráveis, em votação simbólica, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou indicação ao Executivo para que o restaurante seja transferido para os bairros onde possuem mais pessoas em situação de vulnerabilidade.
A discussão da proposta, que não é impositiva à Prefeitura de Curitiba, começou na sessão plenária do dia 6 de junho, mas devido ao fim do tempo regimental, só foi concluída no dia seguinte.
Eder Borges aponta que a partir de então, ONGs de esquerda têm criticado a sua iniciativa que visa atender a comerciantes, moradores, turistas, trabalhadores e transeuntes do Centro de Curitiba que sofrem diariamente com abordagens, coerções de drogados, pedintes e assaltantes, estes atraídos por programas que dão comida de graça na região central.
Segundo o vereador, essas ações acabam servindo de estímulo para que essas pessoas perpetuem numa vida indigna e, por consequência, tem transformado nosso Centro numa intransitável Cracolândia.
“Minha sugestão é para que esses programas sejam levados para áreas de vulnerabilidade social, que é onde estão as pessoas que realmente precisam da caridade. Ademais, desta forma evitaria os impactos sociais e econômicos no centro financeiro e turístico da nossa cidade”, expôs o vereador em suas redes sociais.
Em discurso na Câmara de Curitiba, Eder Borges explica claramente que a iniciativa não é de higienizar nem deixar de atender os vulneráveis, mas que essas ações sejam mais efetivas nos locais onde possuem pessoas com dificuldades sociais.
Ao defender sua opinião sobre o programa, Eder Borges respondeu aos questionamentos de outros vereadores, dizendo que as críticas foram ao “local” do atendimento. “Eu questiono o local onde está. […] Programas como este acabam estimulando esta população de rua a permanecer no Centro da cidade, quando na verdade precisamos desestimular que estas pessoas frequentem o Centro da cidade. Existe muita marginalidade nisso. Minha proposta é trazer para o debate formas de nós ressuscitarmos Curitiba e não permitirmos que fique ainda pior. Programas assistencialistas, ao meu ver, acabam contribuindo para piorar o Centro”, finalizou.
O vereador postou em suas redes sociais sobre o projeto que prevê a mudança de local do Mesa Solidária na capital
Assista: