A edição da revista Veja desta sexta-feira, 30, traz documento sigiloso no qual a Vice-Procuradora Geral, Lindora Araujo, acusa Moraes de diversas ilegalidades no inquéritos em andamento no STF.
Os apontamentos são:
1. Prisões ilegais e são fundamentos para “averiguação”, a exemplo de Mauro Cid.
2. Pesca probatória, quando, sem evidências, sem prolonga e estica o escopo da investigação para “ver se dá em alguma coisa”.
3. Autorizações de procedimentos investigativos sem que haja pedido das autoridades, como o vasculhamento dos e-mails de Mauro Cid.
4. Críticas ao relatório da PF que, sem indícios claros, sugeriu que um golpe de Estado era tramado no governo anterior.
5. Pede o fim da prisão preventiva de Mauro Cid e outros dois assessores, alegando não haver razão para a manutenção da medida.
Conforme o documento sigiloso obtido pela revista, a procuradora Lindora Araujo acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morares, por autorizar práticas ilegais, como prisões sem fundamentação e fazer “pesca probatória”, uma técnica que envolve uma investigação sem justificativa apropriada com a intenção de encontrar alguma evidência incidental de um crime.
O despacho da procuradora se referente à prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-assistente de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida em maio. A ordem foi emitida por Moraes como parte de uma investigação sobre a falsificação de cartões de vacinação. Além disso, telefones de Cid e sua esposa foram confiscados pela Polícia Federal por ordem do ministro.
Além de Cid, outros dois ex-assistentes de Bolsonaro também envolvidos no caso, Max Moura e Sérgio Cordeiro, foram presos por ordem de Moraes. A PGR também questionou a prisão deles.