O ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, preso pela Polícia Federal (Alan Santos/PR)
Equipe procura indícios que envolva suposta fraude em cartões de vacinação
Os celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, começaram a ser periciados pela Polícia Federal (PF). A equipe busca nos aparelhos algum indício que aponte alguma fraude nas carteiras de vacinação contra a Covid-19.
Os aparelhos foram apreendidos na semana passara durante a Operação Venire, ordenada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Por meio de um mandado de busca e apreensão, o aparelho foi confiscado.
De acordo com investigações da PF, os cartões de vacina supostamente foram alterados no sistema do Ministério da Saúde para que contasse que foram imunizados contra a Covid-19. Entretanto, a Secretaria de Saúde de São Paulo registrou um boletim de ocorrência em que seu sistema foi adulterado para que o ex-presidente aparecesse como imunizado, numa UPA no Peruche onde Bolsonaro nunca pisou. O suposto fraudador usou um e-mail chamado “lula@gmail.com” para fazer a adulteração.
Entre os que tiveram os cartões fraudados estão o ex-presidente, sua filha Laura, Mauro Cid e sua família.
Bolsonaro negou que tenha sido o responsável pela fraude nos cartões e nunca escondeu que não se imunizou, mesmo no auge das campanhas de vacinação.
Nesta segunda-feira, 08, em entrevista ao portal Metrópoles, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que “espera que ele [Mauro Cid] fale a verdade, fale o que sabe, o que fez ou deixou de fazer, e as coisas vão se resolver”.
A PF encontrou 35 mil dólares (R$ 174 mil) em dinheiro vivo na casa de Mauro Cid, e o tenente-coronel passou a ser investigado por lavagem de dinheiro e acabou preso durante a operação.
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Operação Venire