A Operação “Três Quintos”, pela Polícia Federal foi deflagrada para investigar crimes de peculato, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. A apuração começou após a denúncia de ex-assessores contra um vereador da cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, levada ao Ministério Público Federal (MPF). Na ação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Zona Eleitoral de Curitiba.
De acordo com a denúncia, o vereador teria exigido mais de 60% das remunerações dos ex-assessores para que eles continuassem trabalhando no gabinete. Ainda, os ex-assessores afirmaram que eram obrigados a realizar pagamentos e transferências para terceiros ligados ao político.
Conforme a Polícia Federal, paralelamente, denunciou-se que parte dos valores eram utilizados para pagamento de dívidas e compromissos da campanha eleitoral de 2020, o que firma a competência da Justiça Eleitoral para o julgamento do caso.
A investigação apontou que a prestação das contas eleitorais, feitas pelo então candidato a vereador, teriam sido instruídas com contratos e recibos ideologicamente falsos, que valores contratados foram subfaturados e que pagamentos realizados se tratavam de mera simulação, pois o dinheiro era devolvido ao candidato.
COMENTÁRIO DO EDITOR:
Esse negócio de “rachadinha” já faz parte da cultura da política brasileira e nem deveria ser mais crime (contem ironia). O crime compensa no Brasil, desde os mais altos cargos da República até com os “vereadorzinho” que costumam praticar isso aí direto.