Essa moda já pegou - O prefeito David Almeida (Avante) vai ter que se explicar em até 15 dias, os gastos de mais de R$ 100 mil de dinheiro público durante viagem à Barcelona (Calatunha, Espanha), para participar da maratona tradicional da cidade que aconteceu na semana passada.
A Câmara de Vereadores já instaurou investigação parlamentar em relação ao fato bizarro, pois a acidente foi uma das que mais sofreu durante a pandemia de Covid-19, justamente pelo desleixo e falta de investimento correto do dinheiro público enviado pelo Governo Federal para combater o vírus. Manaus é onde respiradores foram comprados em “adegas de vinho”.
Caso o prefeito não detalhe os gastos para a Câmara, ele pode ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo nota da prefeitura, o mandatário foi com secretários para divulgar a “Maratona de Manaus 2022” e atrair maratonistas do mundo inteiro, além de suas famílias para o evento esportivo que será realizado em outubro próximo.
Após a repercussão do caso, o prefeito teria aberto mão das diárias e devolvido a sua parte.
No Diário Oficial do município (DOM) aparece também o afastamento de dois secretários municipais que foram acompanhar o prefeito na sua “corrida” na peninsula ibérica, tudo com passagem paga com dinheiro do povo.
Requerimento do vereador Rodrigo Guedes (Republicanos) solicita que o prefeito dê destalhes dos gastos e se haverá ressarcimentos. Também a quantidade de pessoas que foram em comitiva até Barcelona e os gastos de cada um.
Os valores antes não teriam sido divulgados no Portal da Transparência do município.
Rua com o nome de “Barcelona” só foi atendida após repercussão do caso
Segundo o vereador Amom Mandel (Cidadania), o montante desembolsado pela prefeitura seriam poderiam custear a viagem de pelo menos 10 atletas ou ser investidos em obras de asfaltamento. O vereador lembra ainda que o dinheiro poderia ser investido em obras na cidade.
“Esse valor é mais que suficiente para asfaltar a rua Barcelona, na Zona Norte de Manaus, por exemplo, que estava toda esburacada e só foi atendida após a repercussão do caso”, diz o edil.
Amom também cobrou que os valores sejam devidamente detalhados no Porta da Transparência.
“O que nós questionamos é tudo aquilo que já deveria ser público, nós queremos saber o porquê dos dados não constarem no Portal Transparência, nem no Diário Oficial”, questionou o vereador.