Lançado em 2017, “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” foi alvo de críticas recentemente nas redes
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, em caráter cautelar, que as plataformas de streming e de aluguel e de compras digitais retirem dos seus catálogos o filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” do humorista Danilo Gentili, onde apresenta cenas de apologia à pedofilia.
Em despacho no Diário Oficial da União, a justificativa do órgão é a “necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”. O descumprimento da decisão resultará em multa diária de R$ 50 mil.
A decisão do ministério é sobre o filme adaptado do livro de Danilo Gentili, com o mesmo título, lançado em 2017, onde um professor é pedófilo, interpretado pelo humorista Fabio Porchat e tenta conciliar um conflito entre seus alunos, onde eles teriam que praticar sexo oral com ele.
Gentili respondeu em seu twitter sobre a polêmica: “tenho em minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quando bolsonarista”, tentando jogar a culpa nos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pela reprovação da cena do filme.
O longa foi lançado em 2017 e já vinha sofrendo polêmica, qual ficou mais acessível ao público após ser inserido no catálogo da Netflix recentemente. A deputada Carla Zambelli (União Brasil-SP) impetrou junto com o seu colega, deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) com representações judiciais para que o filme deixe de ser exibido nas plataformas e Gentili e Porchat sejam investigados.
Os dois humoristas alegam que o filme passou por análise restrições
em 2017 junto ao Governo Federal, na época do presidente Michel Temer, onde foi
aprovado pelos membros do antigo (e extinto) Ministério da Cultura.